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quarta-feira, 17 de março de 2010

Empresa mais irresponsável do mundo.

Vote: GDF Suez está entre as empresas mais irresponsáveis do mundo - 20/01/2010

Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

Pelos impactos e violações de direitos ocorridos por causa da construção da usina de Jirau, o grupo já é um dos favoritos ao título de empresa mais irresponsável do mundo. Vote na Suez você também: http://www.publiceye.ch/en/vote.

Há quase uma semana, quando foi lançada mundialmente a “People´s Award” (Premiação do Público, em tradução livre para o português), na qual os internautas de todos os países votam na empresa e organização que mais desrespeita o meio ambiente e populações afetadas por suas ações, o grupo francês GDF Suez, pelos impactos e violações de direitos ocorridos na constução da usina de Jirau, no rio Madeira (RO), figura entre as favoritas ao título de empresa mais irresponsável do mundo.

A votação via internet faz parte da premiação internacional Public Eye Awards ("Olho do Público") e acontece até 26 de janeiro, um dia antes da divulgação do resultado, que acontecerá em Davos, na Suíça. Até agora, a GDF Suez está entre as duas mais votadas, com cerca de 1.300 votos. Para votar, acesse: http://www.publiceye.ch/en/vote


Impactos

De acordo com Roland Widmer, da OSCIP Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, uma das entidades que indicaram GDF Suez pelo prêmio Public Eye, "o empreendimento está causando sérios impactos socioambientais. A eleição da Suez pelo prêmio Public Eye demonstra que, cada vez mais, a sociedade civil cobra o abismo entre discurso oficial de empresas e sua atuação efetiva".

Entre as violações de direitos humanos estão a ausência de consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas e a falta de atenção aos índios isolados que serão diretamente afetados. Pesquisadores alertam também sobre os impactos ambientais que a obra traz, entre eles estão o desmatamento e a possível extinção de espécies de peixes.

Carta à Suez

Organizações brasileiras e internacionais enviaram, na quarta-feira passada (13), uma carta ao presidente do grupo, Gérard Mestrallet. O presidente da Suez na América Latina e do consórcio Energia Sustentável do Brasil , Jan Flachet e Victor Paranhos, respectivamente, também receberam o documento.

O objetivo da ação é fazer com que a empresa suspenda imediatamente as obras de Jirau e tome medidas emergenciais com relação aos impactos ambientais e sociais já criados por causa do empreendimento. "A GDF Suez e suas subsidiárias têm demonstrado uma grave falta de responsabilidade nas etapas de planejamento e construção da usina de Jirau, além de violar os direitos humanos e as normas de proteção ambiental, fatos pelos quais a empresa é responsável tanto no plano ético como no legal", diz um trecho do documento.

Por possuir 35,6% das ações da Suez, o governo da França - por meio de seu presidente, Nicolas Sarkozy - também recebeu cópia da carta. Assinam o documento 16 entidades e redes da sociedade civil, entre as quais Survival International, Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Amazon Watch, Movimentos dos Atingidos por Barragens - MAB, Greenpeace e o Grupo de Trabalho Amazônico - GTA. A organização France Libertés - Fondation Danielle Mitterrand, da ex-primeira dama da França, também é signatária do documento.

Leia o documento na íntegra.

A usina

Jirau está sendo construída a 150 quilômetros de Porto Velho (RO). A usina foi planejada para ter um reservatório de 258 quilômetros quadrados e gerar 3450 megawatts de energia. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior financiador da obra, combinando financiamento direto com repasses pelas instituições financeiras: Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú Unibanco.

Localizado no coração da Amazônia, o empreendimento é um dos maiores e mais caros do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ambientalistas, a obra torna vulnerável a biodiversidade da região, populações ribeirinhas do Brasil, Bolívia e Peru, povos indígenas isolados, e causa outros impactos socioambientais.

Em maio de 2008, o consórcio Energia Sustentável do Brasil venceu o leilão de venda de energia de Jirau com deságio de 21% (R$ 71,40 por Mwh). Liderado pela GDF Suez, o consórcio anunciou logo após o leilão a mudança do local de construção da usina em 9,2 quilômetros. O consórcio não realizou estudos de impacto ambiental para a nova localização, contrariando a legislação ambiental.

A empresa e seus parceiros no consórcio já foram multados por desmatamento ilegal e atualmente são réus nas ações civis públicas ajuizadas no Brasil pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual de Rondônia e organizações da sociedade civil.


fontes:

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=341951

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